sexta-feira, 11 de junho de 2010

Nº 10 - 07/10/2008


Chico Buarque de Hollanda


José Carlos Vieira (foto) tem a poesia como meio de
sobrevivência. “Se não escrevo, morro.
Por isso, tudo me ilude e me inspira
depois de duas garrafas de vinho”,
brinca o colunista do Correio,
homenageado no Terça Crônica desta semana.
Na edição de hoje do projeto, às
21h, no Teatro Goldoni (Casa D’Itália, 208/209 Sul),
o poeta, jornalista e escritor fala
sobre vida e criação literária.
“Uso a palavra para sabotar esse modelo
estéril, infecundo, que nos obrigam a viver toda vez
que ligamos a tevê, por exemplo”, afirma.
“Existe rebeldia maior que
falar de amor, de namorar, de querer parar o tempo?
Não gosto dessa ‘vida repartição pública’,
de dizer eu te amo por memorando.
Gosto do afeto, as pessoas precisam
exercitar o terrorismo do afeto.”
Além do bate-papo com o ator
e diretor Jones Schneider – que fará leituras
dramatizadas das narrativas de Vieira –,
músicas de Chico Buarque serão interpretadas
pelo cantor e violonista Alex Souza.
A entrada é franca. Não recomendado para
menores de 14 anos.

Com entrada franca, Terça Crônica acolhe as histórias de José Carlos Vieira e as canções de Chico Buarque de Hollanda


Filho do rock dos anos 1980, letrista de banda punk e poeta de muros do DF, José Carlos Vieira levou para as crônicas o gosto pela rebeldia ao cotidiano. As narrativas que tratam de encontros e desencontros fustigam o que ele chama de escaramuças para fugir da rotina, besta, burocrática e ultrajante. “Uso a palavra para sabotar esse modelo de vida estéril, infecundo que nos obrigam a viver toda vez que ligamos a tevê, por exemplo. Existe rebeldia maior que falar de amor, de namorar, de querer parar o tempo? Não gosto dessa vida de repartição pública. Gosto do afeto, as pessoas precisam exercitar o terrorismo do afeto”, conta o escritor, poeta e jornalista.


O Terça Crônica do dia 7 de outubro acolhe, às 21h, no Teatro Goldoni, a escrita inquieta de José Carlos Vieira e mistura a canções do poeta Chico Buarque de Hollanda. Em clima de talk-show, o ator e diretor Jones Schneider fará leituras dramatizadas das narrativas do escritor, enquanto o cantor, compositor e violonista Alex Souza interpreta obras de Chico. Entre os dois, estará José Carlos Vieira que contará sobre vida e criação literária. “Trato o gênero crônica com carinho e com inveja de Rubem Braga e tenho a poesia como meio de sobrevivência. Se não escrevo, morro. Por isso, tudo me ilude e me inspira depois de duas garrafas de vinho”, brinca.


Com essa boa dose de humor, o Terça Crônica entra em seu terceiro mês de vida como um dos projetos de estímulo à leitura mais bem-sucedidos do DF. Misturando crônicas, canções e informações sobre os criadores homenageados, o idealizador do projeto Jones Schneider (Jones de Abreu) e o músico Alex Souza comandam espetáculo que tem conquistado público e crítica pela leveza e simplicidade.


Com entrada franca para acentuar o compromisso com a inclusão socio-educativa, o Terça Crônica quer migrar para as escolas instigando alunos do ensino médio e fundamental a se encontrar com os livros.

Nenhum comentário:

Postar um comentário